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A comunicação é uma das ferramentas mais poderosas para nos conectar com outras pessoas. No entanto, muitas vezes, o desejo de autoafirmação ou a necessidade de demonstrar superioridade intelectual podem prejudicar a formação de diálogos genuínos e significativos. Neste artigo, discutiremos como manter o tom adequado em conversas para se aproximar de novas pessoas, evitando armadilhas que podem afastá-las. Também abordaremos as principais objeções sociais que podem surgir durante esse processo.
Um dos maiores obstáculos para uma comunicação eficaz é a necessidade de auto reconhecimento. Quando nos concentramos demais em validar nossas próprias opiniões e experiências, podemos acabar monopolizando a conversa e não dando espaço para que a outra pessoa se expresse.
Dicas:
Fonte Filosófica: O filósofo Martin Buber, em seu livro “Eu e Tu”, enfatiza a importância do diálogo genuíno e do reconhecimento do outro como um ser com quem se pode ter uma relação autêntica. Buber argumenta que o verdadeiro diálogo ocorre quando nos aproximamos do outro sem preconceitos e com abertura para ouvir e compreender suas perspectivas.
Objeção Social: Muitas pessoas têm medo de serem ignoradas ou subestimadas, o que pode fazer com que tentem se autoafirmar constantemente. Reconhecer e valorizar as contribuições dos outros pode ajudar a superar essa barreira.
Outra armadilha comum é a tentação de dar lições morais. Quando assumimos uma postura de “sabe-tudo” ou tentamos impor nossas crenças, criamos barreiras que dificultam a conexão.
Dicas:
Fonte Filosófica: A ética da virtude, proposta por Aristóteles em “Ética a Nicômaco”, sugere que a virtude está em encontrar um meio-termo nas nossas ações e reações. Em comunicação, isso significa compartilhar sabedoria de forma equilibrada e respeitosa, sem impor ou dominar a conversa.
Objeção Social: As pessoas podem se sentir julgadas ou moralmente inferiorizadas, o que as leva a se afastarem. Ser empático e evitar julgamentos pode ajudar a construir um ambiente de respeito e aceitação.
Mostrar superioridade intelectual pode ser particularmente alienante. Usar linguagem excessivamente técnica ou tentar “vencer” uma discussão intelectualmente pode fazer a outra pessoa se sentir inferior ou desencorajada.
Dicas:
Fonte Filosófica: O filósofo francês Michel de Montaigne, em seus “Ensaios”, advoga pela humildade intelectual e pelo reconhecimento das limitações do nosso conhecimento. Montaigne enfatiza a importância de se comunicar de forma simples e acessível, valorizando a troca de ideias e o aprendizado mútuo.
Objeção Social: O receio de parecer menos inteligente ou de não estar à altura intelectualmente pode fazer com que as pessoas evitem certas conversas. Simplificar a linguagem e ser inclusivo pode dissipar essas preocupações.
Manter o mesmo tom de conversa é essencial para criar um ambiente harmonioso e acolhedor. O tom deve ser respeitoso, amigável e aberto.
Dicas:
Fonte Filosófica: O filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, em suas obras sobre a comunicação e a subjetividade, sugere que a verdadeira comunicação requer empatia e uma atitude de respeito e compreensão. Para Kierkegaard, a comunicação autêntica é aquela que se dá de coração a coração, sem agressividade ou imposição.
Objeção Social: Muitos têm medo de conflitos e desacordos que possam surgir durante uma conversa. Manter um tom calmo e usar linguagem corporal positiva pode ajudar a criar um ambiente mais seguro e convidativo.
Aproximar-se de novas pessoas através da linguagem requer autoconhecimento, empatia e uma abordagem consciente. Ao evitar a necessidade de auto reconhecimento, dar lições morais e mostrar superioridade intelectual, e ao manter um tom de conversa harmonioso, você pode criar diálogos mais significativos e construir conexões verdadeiras. Lembre-se de que a comunicação eficaz é uma via de mão dupla, onde tanto ouvir quanto falar são igualmente importantes.
Objeções Sociais: As principais objeções sociais incluem medo de ser subestimado, julgado, ou parecer menos inteligente. Abordar essas objeções com empatia e respeito pode facilitar a criação de um diálogo genuíno e construtivo.
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